quinta-feira, 7 de abril de 2016

Rubro sangue
que em mim se configura
ausência de medo.

Intimidar-me?
Quem há de,
se mais não sou que ímpeto,
assumir de riscos, raivas
mal contidas, guardadas
para um dia, talvez?

Já as minhas palavras...
São só traduções,
só expressões
do que em mim habita
e incomoda, devora.

Ainda que as calem todas,
permanecerão
porque ao feio
não basta quebrar o espelho.

Francisco Costa
Macaé, RJ, 12/12/2015


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