Só existo em ti
E em ti me realizo,
Inapartável e constante
Como as ondas e a maré,
Em solicitude tímida
Do que não se pode só.
Te amo de amor antigo,
Dos que não existem mais,
Aureolado em promessas
Que se cumprem urgentes
Porque de urgência o amor.
Esse o meu amor, antigo,
Com floreiras nas janelas,
Violões em serenatas,
Olhar tímido de rendição
Se a hora já vai tarde
E o retorno é impossível.
Tardio amor esse, antigo,
Desafinando no moderno,
Esse afã desmedido e frio
Fazendo do sexo passagem,
E sempre de emergência,
Uma simples porta de saída,
Quando sexo é permanência,
Um até nunca à despedida.
Francisco Costa
Rio, 12/07/2015.
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