Senhora, eis-me inteiro
e inteiro deposito-me em teu colo,
aconchego onde relaxo e durmo,
emancipado menino, sem a carga
que não é minha, mas impuseram,
exigindo-me adulto consciente,
como se palmatória do mundo.
Eis-me de folga, em pleno feriado,
em férias do que me querem,
aguerrido guerreiro, combatente,
em luta permanente e constante,
como se eu mais não fosse
que esse menino adormecido,
ressonando sonhos no teu colo.
Cuida-me, senhora.
Blinda-me em teus calores,
ainda que por pouco tempo,
porque logo estarei longe,
quixotescamente perambulando,
procurando os meus moinhos,
talvez irreais, fantasiosos,
mas fachos por onde me guio
e persisto.
Cuida-me, senhora.
Francisco Costa
Rio, 14/08/2015.
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