(Declaração)
Pátria minha,
hei de te amar sem limites,
em comunhão de delírios,
na trajetória comum
dos de mesmo destino.
Passional e desmedido
hei de submetê-la rendida
aos meus caprichos
de amante incontinente
na consecução da posse.
Serão tuas as vontades
que silenciosamente cultivo,
os desejos que escondo,
cada momento solitário,
entre floradas e lágrimas.
Pátria minha,
depositário de carências,
estoque de ambições,
lírica bandeira estrelada
flamulando amor e sonhos.
Por ti tudo e mais,
fímbria e fundamento,
essência e acessório,
razão dessa existência
que se realiza em ti.
Pátria minha,
que me receberá um dia
em teu abençoado solo,
como o mar ao náufrago,
entre algas e maresia.
Pátria minha,
onde existo e me realizo,
como um devoto em preces,
acorrentado na fé
de te ver livre um dia.
Francisco Costa
Rio, 26/03/2016.
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