quinta-feira, 7 de abril de 2016

De luxúria e devassidão
Ei de contaminá-la
Devassa enlouquecida
Derretendo-se na cama.

Reduzida a só sexo,
Mais não será que sexo,
Alucinações em curso,
Delírios em exercício,
Ausência de sensatez,
Com o pudor em delito.

Toda e só carne exposta,
Músculos em atividade,
Palavras proibidas,
Silêncios significativos,
Em orgia e êxtase
Ela experimentará
Mais não ser que mulher.

Depois me servirá café
E embebida de mim
Dará provimento à vida:
Mamãe, senhora, dona,
Em compromissos,
Tarefas e afazeres,
Mascarando de todos
A minha fonte de prazeres,
Até que nua e pronta
Apronte novamente,
Reduzida a fêmea,
Não mais que uma fêmea,
Somente.


Francisco Costa

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