Prenhe de amores,
Levanto-me, incontinente,
Rumo ao sol que me alimenta,
Pronto à luta que me impõem.
Há uma estranha brisa, e mormaço,
Prenúncio de tempestade prestes
E que me exigirá na chuva, molhado
De mais afinco e determinação.
Não será com o bombardeio de
palavras,
A metralha das acusações,
Os tiros da calúnia em ódio
estampados
Que me farão recuar e calar.
O sol de amanhã exige que eu afaste
as nuvens
E pinte o céu de azul, retome as
cores
E as espalhe de novo no meu país.
Os brutos não passarão, não
retornaremos
Porque há escarpas e farpas, cacos de
vidro
Atrapalhando o caminho. Insistiremos.
Enquanto o sol não retornar de novo
Iluminaremos tudo com a chama quente
e clara
Da nossa determinação, insistiremos.
Ainda que nos queiram na noite,
Seguraremos os ponteiros dos
relógios,
Impedindo as dezoito horas que
querem,
A partir do que teríamos olhos
inúteis
E vontades inválidas.
Os donos da noite não vencerão!
Pequeno vaga-lume cada um de nós,
juntos
Garantiremos o necessário clarão,
Até que o sol venha de novo nos
iluminar.
Os donos da noite não vencerão!
Francisco Costa
Rio, 10/04/2016.
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