Olhe-me
ainda que por um segundo apenas,
enxergue-me carência em evolução,
dependência e solidão, ansiedade
que escorre em versos e sorrisos,
máscaras de lágrimas escondidas.
Olhe-me firme ou de soslaio,
disfarçada ou com olhos nos olhos,
compenetrada ou distraída, mas...
Olhe-me, veja-me subtração
do que seria espanto, encanto
com o que não habita meu coração,
este mosaico de cacos dispersos,
esperando a ordenação de um olhar.
Olhe-me, olhe-me apenas,
e o mais virá natural e doce
como o teu olhar adocicado
removendo-me as penas.
Olhe-me, olhe-me apenas.
Francisco Costa
Rio, 15/08/2015.
Por ser amor invade e ... fim!
ResponderExcluir