Nada escondo no silêncio,
No silêncio é que me revelo,
Inteiro, integral, completo,
Não disperso em palavras.
Sou feito de silêncios,
De alamedas inabitadas,
Labirintos não percorridos,
Caminhos desconhecidos,
Onde me encontro
E me realizo, sozinho,
buscando-me em mim.
Se mais me conheço.
Mais distante de mim fico,
Interiorizado e solitário,
Como na hora primeira
Em que abri os olhos
E descobri, prematuro,
Que viver é se violentar
Porque navegar
Num oceano de palavras.
Francisco Costa
Rio, 01/08/2015.
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