Não irei para Pasárgada,
não quero amizade com o rei,
aqui estão a mulher que quero
e a cama que escolherei.
Minha Pasárgada será aqui,
confeccionada com angústias,
edificada em tormentos e dores,
pedra a pedra, palavra a palavra,
com suor e sangue, determinação.
Pátria que se congemina desejos,
ânsias a serem materializadas,
entre enxadas e complexas máquinas,
digito uma possibilidade plausível,
um futuro que não tarda, urgente
e necessário como o sal no mar.
Esta é a minha pátria, a que amo
e idolatro em discursos e versos,
onde as carências saltam aos olhos,
e as necessidades fizeram
nacionalidade.
Esta é a minha pátria, a que me
deram,
onde não cabem reis nem amigos de
reis,
onde está a mulher que quero
na cama que escolherei.
Francisco Costa
Seu poema, de modo especial no dia de hoje, me cala fundo no coração.
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