quinta-feira, 7 de abril de 2016

Que amor é esse,
Persistente e corrosivo,
Roendo as entranhas,
Onipresente e constante,
Ameaçando o bom senso?

De que se tece isso, assim
Despudorado e simples,
Revelado em luz e cor,
Em ternos sons, canções
Amanhecidas em mim?

Como furtar-me ao amor,
Essa coisa antiga e gasta,
Reencarnada nova agora,
E justo no meu corpo,
Esse anexo cansado
Do que eu quis quieto?

Como dizer não,
Se todo o resto de mim
Estará dizendo sim?

Como, digam-me, como?

Francisco Costa

Rio, 15/06/2015.

Um comentário: