Corrompo-me,
Integridade perdida
No que me afaga e mata,
Esse farejar de intenções,
Buscando-me no que amo.
Lápide onde me escondo,
Erijo-me outro e no outro
Procuro-me o que seria,
Não fosse esse, já morto,
Ambicionando-se integral.
Estas rugas não são minhas,
Nem minha a nostalgia,
A saudade não sei de que
Espetando alma e coração.
Busco-me como quem busca
A si mesmo desnorteado,
Sem saber pra onde partiu.
Sombra de mim, persisto,
Como se incólume e só,
Só pedaço do que insistiu.
Amanhã... Bem, amanhã...
Francisco Costa
Rio, 15/06/2015.
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