A monotonia
das ondas no rochedo,
Em plágio ao
relógio na cômoda,
Ao batimento
cardíaco do tranquilo,
Pendular e
previsível como pérolas
Enfileiradas
no colar da senhora
Tricotando
as malhas do entardecer.
A monotonia
da brisa morna de verão,
Entre o alpendre
e as folhas no jardim,
De voo de
cruzeiro em céu azul e claro,
Do silêncio
nas manhãs de domingos,
Dos mantras
e louvores religiosos
Entristecendo
a existência e os dias.
A monotonia
modorrenta e com sono,
Alimentada
de ausências e saudades,
Concreta e
sempre presente, diuturna,
Como música
ao contrário, ausência
De cores e
vontades, num estar só
De quase
distanciamento de si próprio.
A monotonia,
Simplesmente
a monotonia
Habitando
tudo o que se queria
Mais que
monotonia.
Francisco
Costa
Rio, 01/11/2014.
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