quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Em algum canto alguém me chama,
Talvez na amurada do cais espera,
Criando pontes imaginárias e istmos
Maiores que o oceano e a realidade.

Despida do autopudor a que se impôs
Assiste ao movimento das marés,
Em ambição de fêmea incompleta,
Em carência de afagos e segredos.

Imune ao que se reduz a só humano,
O sol dardeja os seus últimos raios,
Pronto para abandonar a tarde, o dia,
A moça solitária na amurada do cais.

Francisco Costa

Rio, 27/08/2014.

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