Em algum
canto alguém me chama,
Talvez na
amurada do cais espera,
Criando
pontes imaginárias e istmos
Maiores que
o oceano e a realidade.
Despida do
autopudor a que se impôs
Assiste ao
movimento das marés,
Em ambição
de fêmea incompleta,
Em carência
de afagos e segredos.
Imune ao que
se reduz a só humano,
O sol
dardeja os seus últimos raios,
Pronto para
abandonar a tarde, o dia,
A moça
solitária na amurada do cais.
Francisco
Costa
Rio,
27/08/2014.
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