Perdão por
esse jeito desajeitado,
A
inconstância no humor,
Essa maneira
sem graça de ser tímido,
De me esconder
no silêncio e no sorriso,
Parecendo estar
alheio e distante.
Perdão pela
redoma a que me imponho,
Entre
plantas, livros e letras, caladão,
Em conversa
íntima e pessoal com o nada,
Como se em
véspera de um parto proibido,
Quase
clandestino de mim, escondido.
Perdão por
esses valores estranhos,
Sem valor
nos mercados e shoppings,
Como que
erguidos de muito antigamente,
Persistindo
fora de época e de oportunidade,
Um cadenciado
bolero num festival de rock.
Perdão por
eu ser assim, doido em dissonância,
Parcial,
estranho, um tanto estabanado,
Sem ter como
te dizer eu estou apaixonado.
Francisco
Costa.
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