Tonto coração,
Criterioso na
escolha de impossibilidades,
Do que se
anuncia distante e inacessível,
Em ardentes
desejos de só desejos,
Nascidos para
a irrealização.
Insano
coração,
Pondo olhos
no que não pode,
Farejando o
proibido, lancinando-se
Em vazios de
difícil preenchimento:
Aquela mulher
casada,
Aquela mulher
distante,
Aquela mulher
imune a abordagens,
Em recital
único de sonoro não.
Demente coração,
O que não se
basta quieto,
Dá para
consultar o cérebro?
O pênis é péssimo
conselheiro.
Covarde
coração,
Limitado e
sem autonomia,
Idiota e sem
noção, só emoção,
Porque tinha
que me arrastar,
Alienando-me
da razão?
Francisco
Costa
Rio,
30/11/2014.
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