quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Farejo-te como presa,
Acercando-me sorrateiro,
Atento a cada intenção tua,
Analisando olhares e respiração,
Pronto para o ataque definitivo.

Nada insinuo além de conversar,
Imerso na minha timidez
De molusco escravo das conchas
Que o limitam e contém,
Só ousando quando em versos.

És promessa, sonho arbitrário
E inesperado, surpreendente
Como temporal de verão.

Assustado e apreensivo,
Assusto-me em pré-paixão.

Francisco Costa

Rio, 21/09/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário