Em Havana o
tempo não anda.
Lá os homens
andam no tempo,
Em ritmo
humano, na cadência
Dos próprios
prazeres e sorrisos.
Cada um
patrão de si, determina
Em que
velocidade andar e sorrir,
Não
cronometrados pelo capital
Que exige
urgência e pressa.
Imunes ao
estresse e distantes
Do que
retalha e aliena,
Sorriem
fácil e jogam dominó
Nas manhãs
de domingos
E fins de
tardes, reunidos
Nas varandas
e alpendres.
Viciados no
consumo,
Lastimamos
que não bebam
Coca cola e
passeiem no shopping,
Assistam
novelas e comprem
O que não
precisam,
Com o
dinheiro que não têm.
Os que
pensam Cuba arquivada
Arquivaram-se
nos armários
Dos sorrisos
comprados,
Da
felicidade momentânea,
Da
realização transitória,
Postos como
refeição principal,
Que não
sacia nem alimenta.
Francisco
Costa
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