Sim, era
amor,
Aquela
modorrinha leve
Que dá sono
à tarde
E se consuma
em beijinhos,
Mordidinhas no
pescoço
E em barras
de chocolate,
Pisoteio na
relva, sorrisos,
Discursos
vazios de conteúdo.
Aquela
sensação doce, meladinha,
De que
existir só se em partilha
De
momentinhos afeitos ao nada
Que se ergue
tudo porque de amor.
Sim, era
amor, muito amor,
Desses que
os poetas tentam,
Perseguem, e
não conseguem,
Porque longe
das palavras, sons
Divorciados
do corpo, já longe,
Nos olhos e
ouvidos de alguém.
Um amor
tanto e tão grande
Que morto
não foi sepultado,
Deixou um
buraco em mim,
Para que eu,
morto de amor,
Me enterre,
enfim.
Francisco
Costa
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