Em prenúncio
de paixão
Flagro-me em
divórcio
Do que em
mim habitava,
Um relicário
de decepções
Conservadas
em lágrimas.
Anunciaram-me
coisa nova
Prestes a me
abordar.
Atento,
persisto na espera,
Coração desperto
e ansioso,
Alerta a
todos os sentidos.
Tenho que
providenciar chocolate,
Lençol novo,
café bem quente,
Um bom
punhado de flores
E botar
Chico Buarque pra tocar.
Não tarda e,
revigorado e novo,
Grávido de
muitos novos poemas,
Amanhecerei
entre nuvens e sóis,
Namorando
borboletas no espelho.
Delírio que
em si se justifica,
Despido do
que oprime e prende,
Navegarei um
corpo túmido,
Úmido e
almiscarado, escorrendo
Manso nas
margens do meu prazer.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário