Ao contrário
do que pensam,
Quando longe
dos versos e da net,
De
palestras, aulas e conferências,
Do discurso
político e da evidência,
De tudo o
que desgasta e suprime,
Tentativas
de preencher um vazio
Que insiste,
apesar de tudo,
Não me
possuo em livros
Ou me assumo
em ideias alheias.
Dispo-me da
fantasia já gasta,
Antinatural
e impositiva,
Quase
compulsória, obrigatória
Neste
carnaval que é a vida,
E sintonizo
um canal rural,
Quando não
vou à estufa
Ou cultivo o
anonimato na roça.
E se a
felicidade existe e é acessível,
Ela chega
comigo no portão,
Desgrenhado
e sujo de terra, suado,
Diante de um
desconhecido
Pedindo que
eu chame ou dê recado
Ao professor
Francisco.
Aí, ovelha
fora do aprisco,
No portão,
próximo ao jardim,
Descubro onde
errei:
Criei um
patrão em mim.
Francisco
Costa
Rio,
29/11/2014.
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