Bendigo a
cada uma que chegou,
Repetição de
diferenças
Em desafio a
minha superação.
Algumas me
chegaram lentas e desconfiadas,
Certas de
que momentâneo prazer,
Alimentos da
curiosidade insaciável
Impedindo
repetições porque conhecidas.
Outras
vieram como acordes de violinos,
Ora em
falsete, ora em solo sólido, encorpado,
Alçando-se
acima da orquestra, absolutas,
Reduzindo
tudo o mais a contraponto delas.
Houve as
inapreensíveis, misteriosas
Incógnitas
exigindo decifração urgente,
Compondo
teoremas de luxúria e loucuras,
Para logo
quedarem-se mudas e ausentes.
As
ornamentadas de si próprias, lindas
Quando
despidas das roupas e do pudor,
Inaugurando
inesquecíveis imagens,
Com tudo o
mais coadjuvando carne.
As
tontinhas, desajeitadas e faladeiras,
Naturais e
discretas como um camelo
Dormindo no
estacionamento do shopping,
Autobiografando-se
no primeiro encontro.
As
possessivas , armadas em zelo e vigilância,
Contabilizando
a minha respiração,
Os
batimentos cardíacos, cada piscar de olhos,
A cata de
indícios do inexistente, irritando.
Muitas mais
eu citaria, se espaço houvesse,
Mas interrompo-me,
gratificado,
Paginando o
que nunca compreendi
Porque
complexo e exatamente perfeito.
Então
louvo-as repositários de versos,
Mananciais
de palavras, córregos de signos,
Encantadas
fontes onde nasceram os meus poemas.
Francisco
Costa
Rio,
28/11/2014.
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