Meu anjinho
vagabundo,
Que nunca
está quando preciso.
Rebelde e
insubmisso, revel,
Flana sempre
as asinhas longe,
Justo quando
se faz necessário,
Poupando
flechas, deixando-me
Assim, a
mercê da timidez, tonto,
Um bundão
ruborizado maldizendo
Esse anjo
inútil, só um passarinho
Pensando que
é gente.
Quando ele
me pedir chá
De jasmim
com mel
Vou dar-lhe
um belo chá
De pimenta e
fel.
Talvez
endiabrado ele funcione e,
Irado, me
ajude a sorrir,
A amar e ser
amado.
Francisco
Costa
Rio,
22/11/2014.
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