quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Chuva de encomenda,
Pós longo estio,
Reinaugurando a vida.

Há uma silenciosa sinfonia,
Feita de umidade e cores,
E que se anuncia no jardim,
No pomar, na mata feliz
Exuberando renasceres.

Na ravina quase calcinada
As minhocas ousam passeios,
Sabedoras da ausência das aves,
Inocentes de que sapos e rãs
Também saíram para passear,
Na esperança de minhocas que,
Preocupadas em olhar para o céu,
Esqueceram que a vida e os perigos
Continuam aqui, em redor.

Minhocas parecem bichos religiosos.

Francisco Costa

Rio, 21/09/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário