Entre lírios
e madressilvas,
Bromélias e
azáleas, zínias,
Há uma flor
desconhecida,
Não
catalogada no mercado,
Imprópria a
floreiras e jarras
Porque não
comercializada.
Não é
merecedora de podas,
Calagens,
escoras, adubação,
Vivendo do
próprio mérito,
Por esforço
próprio e própria
Determinação.
É flor proletária,
Só uma na
multiplicidade vária.
Mas o sol
não sabe disso,
Nem o vento
e a chuva.
Nada
disseram aos insetos
Nem aos
nutrientes do solo,
De maneira
que a flor baldia
Insiste na
consecução do pólen,
No
desabrochar diário, luminosa,
Mostrando
que só os homens
E seus
estranhos mecanismos
Distinguem
flores, catalogando-as,
Como fazem
com si mesmos.
Deus não
distingue flores!
Francisco
Costa
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