Perc orro um
longo e intricado labirinto,
Feito de
caminhos sem fim, becos,
Retornando
sempre ao mesmo ponto,
Ao meu
início, sem encontrar o fim.
São
alamedas, algumas largas, iluminadas,
Margeadas
por luz e flores, brisa morna,
Em oposição às
escarpadas, sinuosas,
Sem margens
por que só de sombras.
Sem ver uma
saída, redobro- me força
E sempre
começo o recomeço, em ânsia,
Esperança de
que termine logo adiante.
Ao meu lado
uma voz sem rosto, só voz,
Insistente,
quase monótona, repetindo:
Volta e
tenta de novo, mais um vez,
Até descobrir
que a verdade é isso:
Percorrer-se
em cada meandro e trilha,
Descobrindo-se
a cada nova passagem,
Até ter todo
o caminho percorrido,
Quando
nascerás lúcido do lado de fora,
Para
experimentar a paz e o conforto,
E se
descobrir lúcido e leve, vivo,
Quando todos
os que permanecem
Em seus
próprios e intricados labirintos
Dirão com
certeza que estás morto.
Francisco
Costa
Rio,
28/11/2014.
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