Quero um
poema corrosivo,
Com a secura
do agreste,
O silêncio
das montanhas,
Navalha
rasgando as carnes
De quem se
aventure nele,
Hostil e
deliberadamente mau.
Mais que um
poema, uma arma,
Capaz de
contundir, lacerar,
Ferir fundo
e completamente,
Pronto a
impor sofrimento
E obrigar a
que se defendam.
Talvez assim
consciências brotem
Ou acordem
da letargia
A que se
autoimpuseram,
Viciados em
poemas leves,
Breves,
temperados
Com mel e
açúcar.
Não há parto
sem dor
Nem dor sem
consequências.
Francisco
Costa
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