Ela se
permite absoluta e total quando,
Despida das
roupas e dos pudores,
Se faz
oferenda ao instante e ao prazer,
Reduzida a
puros instintos e hormônios.
Malversação
da realidade encolhida,
Impertinência
no que se queria quieto,
Ela se agita
em sons e movimentos
Numa orgia
de sentidos e sensações.
Toda e só
carne em profusa umidade,
Empapa de
odores a noite e o mundo,
Solícita a
cada carícia, entregue a tudo,
Em comunhão
de delírios e gemidos.
Quem a vê
assim, loucura em exercício,
Jamais
poderá supor que no amanhecer
Se colocará
ao avesso, compenetrada
E séria, no
caminho de mais um dia
Em que se
assumirá senhora
Com uma
deliciosa fêmea adormecida.
Francisco
Costa
Rio,
30/08/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário