Anormal
porque anomalia no que eu supunha comum,
Mostrou logo
a diferença, a capacidade de ocupar tudo,
Tomar todo o
espaço e se fazer coisa única e precisa,
Toda ela
inusitados movimentos, coordenada precisão
Em prodígio
de desempenho, muito mais que mulher,
Um lampejo
cósmico, primeiro, no instante da criação.
Ora lúdica,
ora severa, domesticada ou selvagem, fera,
Em
alternância de atitudes e gestos, quereres novos,
Sempre em
harmonia com o momento, declinou de tudo
E se reduziu
a um sorriso molhado dizendo eu te amo.
Foi aí que
me descobri capaz de versos, de poemas
Em adendo a
ela, nobreza posta no calor da carne
Reduzida a
mundana flor ornamentando os meus dias.
Francisco
Costa
Rio,
22/11/2014.
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