Uma amiga
comenta que sou estressado,
Mas que logo
me recupero em versos.
Estressado,
eu? Só porque a prestadora
Oferece dez
por cento da velocidade contratada,
E mandasse
uma mensagem numa caravela
Eu me
conectaria mais rápido com Portugal?
Sem contar a
mãe do meu filho, em exigências,
Me chamando
de sovina e desnaturado
Porque a
pensão não paga a prestação do carro,
Os micos
invadiram o viveiro, comeram tudo,
Todos os
meus periquitos (conforta-me saber
Que com
amiga minha foi muito pior,
Comeram a
periquita), e me colocaram
Em
89487637595 grupos, sem autorização,
E agora me
vejo entre poetas, filósofos,
Botânicos,
no clube das noivas, de culinária,
“no fascismo
em foco”, “nazismo para crianças”,
E até na
página de “como caçar ratos”, embora
Eu ainda
acredite que a maneira mais frutífera
É criando
uma Comissão Parlamentar de Inquérito,
O natal
chegando, jingle Bell/jingle Bell/
Ai meu Deus
do céu! O lagarto comeu o pinto,
Não o meu, o
da minha galinha de estimação,
Cai o sinal
da net, cai chuva, cai a Bolsa,
E o meu medo
é esse, essa idade... Vai cair...
E ainda me
acham estressado por reclamar
Dessa
desgraceira que,
Mais que deixar de luto,
Mais que deixar de luto,
Me deixa
puto!
kkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkk
Francisco
Costa
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