Disparate
que se quer verdade,
Teu amor,
vácuo de sentimentos,
Apoiado no
que só se pode material,
Frustra-me o
ter te amado um dia.
Arrimo do
ter, contabilizando tudo,
Fazes de
cada minuto investimento,
Não
reconhecendo o que te foi dado,
Reclamando
do que foi dado a outro,
Sentindo-te
prejudicada, no prejuízo,
Pelo que
seria partilha, divisão.
Pudesse eu
apartar as duas em ti,
A doce e
sonhadora, esperançosa,
Da mercantil
e adepta da urgência,
E te amaria
pela metade, em partes.
Como isso
não é possível, adeus.
Francisco
Costa
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