Não tens
competência
Para o
exercício do livre arbítrio,
A capacidade
de influir e mudar,
Como uma
carência de tutela,
Impróprio a
assumir os teus atos.
Parcial
porque limitado,
Sabedor de
tudo
Porque
sabedor de pouco,
Ignoras o
passado,
Pautado nas
próprias convicções
No que te é
repetido à exaustão.
Como uma
criança,
Careces de
quem te dê a mão
E oriente,
totalmente dependente,
Incapaz,
querendo-se inimputável.
Acostumado à
punição,
À própria
contenção
Na redoma do
medo,
Dependendo
do petisco do domador,
Atento aos
comandos que te dão,
Passivo e
sem opção,
Como a chave
e a fechadura,
Abres a mão
da plenitude
E investes
numa utópica ditadura.
Tolinho e
sem noção, não aprendeste
Da distância
entre a senzala e o portão.
Francisco
Costa
Rio,
16/11/2014.
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