Entre a
espuma e o vento
O teu rosto,
morno, moreno,
Eclipsando o
horizonte.
Com linhas
imaginárias, invisíveis,
Gaivotas
cerziam bordados
Que te
emolduravam na manhã
Dançando no
ritmo da maré.
Ininterruptas
e sincrônicas, baldias,
As ondas
apagavam teus pés na areia
Branca,
quente, anteparo do teu corpo
Túrgido de
ânsias e desejos umedecendo
Entranhas e
palavras, língua e dentes.
Distante, o
menino olhava dois enamorados
Complementando
a poesia do instante.
As ondas
insistem, a maré ainda dança,
Os domingos
amanhecem, mas as palavras...
Onde se lia
sorrisos, beijos e sal, lê-se, hoje,
Saudade.
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