Privilégio morrer
de velho,
Ter biografia
completa,
Inaugurar descendentes.
De plantão,
a morte espreita,
E chega,
insopitável,
Nas mãos das
crianças,
Na cintura
da polícia,
Na vigilância
da milícia,
Vestida de
narcotráfico
E corrupção.
Nas ruas das
cidades sobrevivemos,
Nos esquivando
de tiros, drogas,
Dos políticos
de plantão,
Amealhando fortunas
com a situação.
Nas igrejas
os inocentes pedem
E doam para
bandidos outros
Miliciando a
fé, dopando
Consciências
e determinações,
Contabilizando
à conta de Deus
E de
demônios o que é cesariano,
Perfeitamente
humano.
Como em toda
guerra,
Que mata cabo
e soldado
E poupa o
general,
Nesta só
morrem os pobres,
Para reforço
do capital.
Cotidianamente
abatidas,
Cercadas por
coiotes e lobos,
As ovelhas
pacientemente esperam
Que Deus
lhes construa cercas,
Acreditando que
a fé remove montanhas,
Mesmo sem jamais
terem visto
Uma montanha
removida.
Cínicos e
travestidos de santos
Os empresários
das cercas colaboram,
Amealhando os
dízimos do desespero.
Francisco
Costa
Rio,
30/11/2014.
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