De tudo só
ficou o silêncio,
Essa abissal
impressão do nada,
Um vazio de
séculos, infortúnio
Que se
degrada autocomiseração,
Para mais
doer e incomodar.
O silêncio
da folha em ausência de brisa,
De lábios
crispados, da imobilidade
Posta em
qualquer vontade, um grito
Morto antes
de nascer, um espasmo.
É a loucura
consciente, o saber-se vivo,
Com o
metabolismo ativo, em provimento
Às
atividades que não sustentam emoções,
Todas elas
mortas, inativas, ausentes,
Levadas pelo
que o tempo não devolverá.
Inconsciente
e determinada, senhora de si,
Aquela
mulher me levou. Agora, aqui,
Ruínas do
que eu era, escombros de mim
Choro a
saudade do que fui.
Francisco
Costa
Rio,
27/11/2014.
Obrigada, meu querido poeta! Como me fazem falta as suas poesias (apesar de não me achar merecedora delas... ). Obrigada pela convivência, pela amizade... por todos esses poemas que nos dedicou. Vc faz falta... e eu me sinto ausente sem fazer parte de poemas. Beijos. B
ResponderExcluir