Saudade
doída,
De queimar
entranhas
E anular
pensamentos.
Saudade
posta na mesa,
Na cama, no
mundo,
Parasitando
cada momento.
Saudade
madrasta,
Arrancada de
conto infantil,
Dessas que
maltrata e castra,
Capaz de
todas as maldades,
Abrangente e
vã, pueril.
Saudade
infinita e totalitária,
Sem céus e
sem horizontes,
Habitando
tudo, solitária.
Saudade,
simplesmente
Saudade, um
vazio existencial
Que se
anuncia sem final,
Um voo sem
destino
Ou de
destino desconhecido,
Uma ausência
total,
Como se
nunca tivéssemos existido.
Francisco
Costa
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