Imagine-se
um covarde,
Um ser
pusilânime, abjeto,
Indigno de
se dizer humano,
Menos que um
policial corrupto,
Assassino,
com dedos de aluguel,
Ou um
pedófilo infame,
Capaz de
alimentar-se da inocência,
Da
inexperiência, do que é puro.
Pouco, muito
pouco para o mal.
Imagine-se
um racista apartando
Gente em
lotes, em rebanhos,
E
determinando pretensos motivos
Para
justificar a exploração,
A imposição
da dor, as carências.
Imagine-se
talvez um estuprador,
Um sádico
semeador de traumas,
Ojeriza ao
sexo, frigidez, dor;
Ou um
assassino de aluguel,
Talvez um
falsário de remédios,
Envenenando
com o que seria cura.
Ainda é
pouco, muitíssimo pouco.
Imagine-se
um político ladrão,
Ancorando a
própria fortuna
Na falta de
merenda escolar,
Leitos de
hospitais, aposentadorias,
Alçado a
patriarca do infortúnio.
Continua
pouco, quase nada
Porque
distante do que há de pior,
Do juiz que
vende sentenças,
Manipula
processos e pareceres,
Cria
culpados e inocenta os maus,
Faz da
justiça balcão de negócios,
Em dinheiro
ou benesses políticas,
Criando e
mantendo, alimentando
Todos os das
estrofes anteriores.
Francisco
Costa
Rio,
13/11/2014
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