Eu,
risivelmente tolo,
Ridiculamente
bobo,
Capaz de
despropósitos
E absurdos
inomináveis.
Eu, nota
fora do tom,
Fraude que
se ostenta
Coisa séria
e crível,
Amuleto que
azara,
Chuva no
domingo,
Menstruação
nas núpcias,
Gol perdido
na decisão.
Eu, pássaro
de asas inválidas,
Briga na
festa, oração no carnaval,
Beco sem
saída, labirinto
De
contradições e adversidades
Porque
muitos num corpo só,
Erigi-me
clausura voluntária,
Mutismo
compulsório
Em exígua
cela
Gradeada com
palavras,
Prendendo-me
todos,
Como se fora
um
No silêncio
de cada texto.
Francisco
Costa
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