Tenho sonhos
de papel,
Nos quais
escrevo o que quero;
Sonhos de
algodão, leves,
Quase
voláteis, e que se perdem
Ao menor
sinal de vento;
Sonhos de
madeira, esculpidos
Com
paciência e dedicação,
Mas logo
devorados por cupins,
Traças,
umidade... Pelo tempo;
Sonhos
metálicos, nascidos
Nas forjas
das lutas, zangados
E
insistentes, revolucionários,
Ansiando-se
mais que sonhos;
Sonhos de
carne, banhados
Em suor e
hormônios, arrepios,
Atrapalhando
o sono e a calma;
Sonhos
vegetais, que nascem,
Crescem,
florescem e murcham,
Como se de
destino premeditado,
Sonhados já
quase ao amanhecer,
Sem tempo
para se estender;
São sonhos
tantos e tão variados
Que já nem
sei se sonho dormindo
Ou quando
estou acordado.
Francisco
Costa
Rio,
14/11/2014.
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