Perdão,
Senhor, pela intimidade
E até pelo
autoritarismo político,
Mas Teu
santo nome continua,
Ainda que
com bons propósitos,
Sendo
clamado em vão.
Nunca Te vi
em luta ou intervenção,
Derrotando
bárbaros
Ou traindo
cristãos.
Na Palestina
ainda não te posicionastes,
Se aliado de
Alá ou judeu.
No Vietnã,
se nos bombardeiros e jatos
Não estavas,
como não no chão,
Nos alvos
das bombas.
Ninguém Te
viu em passeata e motim
Na Bastilha,
na Revolução dos Cravos.
Se aliado do
eixo ou não,
Não se pronunciou,
Permanecendo
também calado na Coréia.
O único
império que ruiu
Por sua
interferência foi o Romano,
Mas sem que
Tu fosses às armas,
Servindo-Te
apenas de Tuas palavras.
Assim é que,
mais que pedir, imploro:
Dá lucidez
aos que esperam de Ti
Intervenções
diretas.
Diga-lhes que
“a César o que ´de César”
E que a
maldição que nos aflige e mata
Não é
divina, mas cesariana,
Plantada por
cada um de nós,
Cabendo-nos
a resolução.
Grita em
cada ouvido alienado:
“o meu Reino
não é desse mundo”
Talvez assim
o Teu rebanho acorde
E pare de
esperar
Que colhas o
que por nós foi plantado.
Francisco
Costa
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