Falo-vos da
morte, da maldição,
Do destino
preciso do que vive.
Falo-vos da
interrupção do calor
E do
estanque dos movimentos,
Da
condenação ao alheamento,
Radical e
definitivo, no silêncio.
Falo-vos da
imobilidade, do frio
Posto na
mineralização eterna,
Fazendo da
carne pó e pedra,
Matéria de
memória, referência.
Falo-vos da
morte amestrada,
Mansa, quase
desejada,
A do senil
que espera nada,
E da rebelde
e repentina, cruel,
Conduzida
pelo suicida louco
Em
depressiva e louca solidão.
Falo-vos do
que nos iguala
E
identifica, reduz a iguais,
Passageiros
ocasionais no hiato
Entre o
primeiro grito no parto
E a última
lágrima na partida.
Francisco
Costa
Rio,
28/08/2013
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