Meu sorriso
adoeceu,
Já não tem a
febre dos amantes
Nem o brilho
do luar de agosto.
Condenado a
estar só
Por medida
administrativa
Travestida
de justiça,
Recuso-me ao
autismo
De ser
apenas eu.
Leio poemas
e nada digo,
Comentam-me
e não agradeço,
Como prisioneiro
sem culpa,
Sem saber do
fim da pena.
Passada a
tempestade
Colherei
rosas e dálias, dracenas,
Para
enfeitar o face.
Virei
diabético em confeitaria,
Apenas olho
E imagino o
prazer alheio.
Francisco
Costa
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