E no
julgamento final,
Purgando já
arrependimentos
E remorsos
Confessarei
minhas infrações
Nesse
trânsito da vida.
Falarei da
cobiça enorme
Permanente e
continuada
Nas mulheres
dos próximos
E dos
afastados, da gula
Imensa e
permanente
Que trouxe
sempre no olhar,
Sorvendo
todo ao alcance
E fixando em
telas, papéis...
Concentrado
em pigmentos,
Reconstruindo
tudo de novo,
Brincando de
ser Deus.
Falarei das
mentiras muitas
Em ouvidos
femininos,
Sementes de
futuras safras,
E das minhas
dúvidas religiosas.
Mas sobre o
pecado maior,
Que pecado
continua sendo
Porque sem
arrependimento,
Calarei em
secreto esconder.
Se deu
comigo na tevê, vendo
Duas torres
lindas ardendo.
Depois
lastimei e fiquei triste:
Foram só
dois aviões
E não os
primeiros
De muitos mísseis.
Francisco
Costa
Rio,
28/08/2013.
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