Saudade
daquele menino de coração íntegro,
Integral,
cantando Beatles, correndo na chuva,
Sem
desconfiar que a vida é temporal.
Depois foi
só flagelo, catar pedaços dispersos,
Tentar
colá-los em versos, tudo inutilmente.
Arranhado, roído,
todo lacerado, carcomido,
Hoje,
encolhido, choro aquele menino perdido.
Não sei onde
o deixei, em que canção ou esquina.
Sei que o
mundo é grande e minha alma, pequenina.
Reencontrá-lo
agora, só se retornar à outrora.
Impossível.
Seria retorno a muitos corpos por aí,
Pelas muitas
musas que perdi, e lágrimas,
Muitas
lágrimas que a desidratação do tempo,
Esse
fantasma que obsidia e escarnece,
Nunca
enternece, não permite mais.
Como
palmilhar todos os caminhos?
Foram muitos
os ninhos onde me perdi,
Pode ter
sido longe e não por aqui.
Preciso
encontrá-lo, só não sei onde,
Se numa
praça, na rua, num jardim...
Embora
desconfie que ainda está em mim.
Francisco
Costa
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