quinta-feira, 8 de agosto de 2013

BEM VINDA

(Pra Lu Profamor)

Você, que semeou sol em mim
E anunciou luz nas madrugadas,
Serena e doce, desejada,
Como benigno tumor de aromas
Habita já o jardim do meu poema.

E como fazer para me despir
Do que em mim não ousava
Porque me sabia imune,
Longe de emoções novas,
Sempre inusitadas?

Surpreendência posta nos versos,
Fez-se brisa matutina no domingo,
Congratulações em vitória,
Roteiro para destino exato,
Rastro de risos no que era chato.

Como cometer poemas tristes,
Enunciar versos de protesto,
Compor estrofes de desesperança
Se um pássaro sem plumas e asas
Pousou repentina e se fez inspiração?

Como ater-me contrariado
À matéria prima das lágrimas
Se um sorriso imenso rasgou o mundo
E veio fazer morada justo em mim?

Compenetrada e com medo,
Já se sabendo sem saída,
Ela me aguarda. Chegarei já.

Francisco Costa

Rio, 06/08/2013.

Um comentário:

  1. Lindo poema... quem espera quase sempre alcança o que se espera... seja a passos largos ou não, o importante é chegar lá poeta.Parabéns! Bjo nesse lindo coração.

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