Se há uma
gente estranha e engraçada
Está nos
trópicos, logo abaixo do Equador.
Espalham-se
pelo mundo todo, a trabalho,
Estudo,
turismo, recreio ou politicagem,
E nunca se
ouviu falar de invasão tupiniquim.
Mandamos
técnicos, engenheiros, operários
Para o
Oriente Médio, para a construção civil
E nunca se
viu discursos de islamitas irados
Com a
invasão macumbeiro-cristã no Islã.
Invadimos
Tóquio e nenhum budista reclama,
Vamos à África
e somos recebidos em festas,
Salvo na
matriz, terra de importância bélica,
Ornada em
dólares e sangue alheio, vendo-nos
Macaquinhos
amestrados e subalternos.
(já os
argentinos nos adoram
Porque
enrolam
No peso, no
preço e no troco).
Vamos a Cuba
e Fidel não põe o exército
De
prontidão, nem discursa invasão
De lacaios
capitalistas destruindo a ilha.
Aí médicos
cubanos são recebidos aqui
Como marines
no Vietnã, phantons na Síria,
Com o
suprassumo da babaquice burguesa
Borrando-se,
com medo que o povo acorde
E descubra
que a miséria não é natural.
E põe a nu o
racismo, a xenofobia
O ódio de
classe, a infantilidade social
Nascidos da
alfabetização compulsória
Nas aulas
assistidas na net e na televisão.
Seria
risível, se não fosse de envergonhar.
Francisco
Costa
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