“Ai de vós,
doutores da lei, sois brancos e caiados por fora
Mas cheios
de ossos e podridão por dentro”
(Não lembro
onde li isso. Pelas manchetes na imprensa e o comportamento de cristãos, na
Bíblia certamente não foi.)
Falo-vos de
um infinito amor
Infinito
porque infinito,
De tamanho
tal que em si
Caiba o
universo infinito.
Infinito,
grande o bastante
Para caber
em todos os corações,
Em todas as
consciências,
Em todos.
Não voz falo
daquele amor pequeno,
Mesquinho,
acorrentado em letras
Que
permitiram a Inquisição,
Que joga
aviões em torres,
Municia a
guerra, é culto ao ódio
À
segregação, a omissão do salvo.
Falo-vos de
outro amor, maior,
O da
solidariedade e da partilha,
O do destino
comum, o dos sorrisos,
Avesso ao
consumismo do falso amor,
Aquele
grande que não se basta
Em teologias
de prosperidade,
Com orações
ecoando nos shoppings.
Falo-vos de
um amor imenso,
Que sufoca a
calúnia
(disseram-no
o Rei de Israel)
Abafa a
delação
(e Judas o
vendeu)
Entende
limites aqui
(o meu reino
não é desse mundo).
Que pode um
peito feminino
Como afronta
ao infinito
Senão quando
o infinito
Começa num
coração
E termina na
própria pele?
Meu Deus é
infinito,
De um
infinito tão grande
Que não ouso
interpretá-lo.
Seria
pretensão demais.
Eu sou só humano.
Francisco
Costa
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