sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MAIS UMA GUERRA

Quedam-se mudas as musas
Em partilha de silêncio e dor.
Cessam os sons dos violinos,
E calam clarins e pássaros.

Eis que é chegada hora do luto,
Do silêncio posto como som,
Da imobilidade em repasto no dia,
De horas que se querem mortas.

O dia amanheceu prenhe de cores
Que serão abortadas, fará escuro.

Meteoro da constelação do apocalipse,
Um míssil cruzará hoje o céu, o mundo,
E explodirá na consciência de todos.

Hoje os poemas não serão possíveis.
Os poetas estarão ocupados em chorar.

O dia anuncia mais uma guerra.

Francisco Costa

Rio, 30/08/2013.

Um comentário:

  1. Lindo...triste... Preocupante... Gosto da forma em que falas as verdades em forma de poema. Dom maravilhoso!

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