Quedam-se
mudas as musas
Em partilha
de silêncio e dor.
Cessam os
sons dos violinos,
E calam
clarins e pássaros.
Eis que é
chegada hora do luto,
Do silêncio
posto como som,
Da
imobilidade em repasto no dia,
De horas que
se querem mortas.
O dia
amanheceu prenhe de cores
Que serão
abortadas, fará escuro.
Meteoro da
constelação do apocalipse,
Um míssil
cruzará hoje o céu, o mundo,
E explodirá
na consciência de todos.
Hoje os
poemas não serão possíveis.
Os poetas
estarão ocupados em chorar.
O dia
anuncia mais uma guerra.
Francisco
Costa
Lindo...triste... Preocupante... Gosto da forma em que falas as verdades em forma de poema. Dom maravilhoso!
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