quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ENAMORADO

Sorvo-te o suculento corpo
Como crianças sorvem doces
E as flores se embriagam de orvalho.

Melíflua e tenra, dissipas horas
Quando concentrada no que não sei,
Inaugurando-me curiosidade e espera.

Como pássaro erguido da primavera,
Deslumbras só pelo fato de existires,
Sem que eu pergunte de onde, para onde,
Reduzido a tua sombra, tatuagem...
Qualquer coisa que jamais será apartada.

Quero-te como se querem frutos as flores,
Como se querem ninhos de novas flores
Os frutos, suculentos e tenros,
Como o teu corpo.

Francisco Costa

Rio, 04/07/2013.

Um comentário:

  1. Nossa! parabéns! Descreveu muito bem neste poema o verdadeiro bem querer de uma paixão.

    ResponderExcluir