Quando eu
estiver esquálido,
Quase
desfeito em fome e dor,
Salvem-me.
Se a brisa
morna da solidão me acossar,
Induzindo a
desespero e suicídio,
Salvem-me.
No dia em
que eu perder o tino
E alterar a
trajetória, perdido em vícios,
Salvem-me.
Na hora em
que tudo me faltar
E eu estiver
perdido até de mim mesmo,
Salvem-me.
Se o frio
inclemente vier beijar-me
Corpo e
alma, as madrugadas dos sós,
Salvem-me.
Assim
esquecerei esse apocalipse
Em que me
degladio e me findo,
Vencido
antes mesmo da batalha.
Meu nome é
miséria, alijaram-me da ceia.
Entre meus
farrapos de pano e a fome,
Assisto os
bem vestidos, farrapos outros,
No caminho
dos cultos, das missas, rituais...
Para
agradecer a Deus a mesa posta.
Salvem-me.
Francisco
Costa
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