Um dia,
rútilo empapado em sangue
Pulsei,
dadivoso e compenetrado
Sentimentos
que se espalharam por aí.
E conheci o
fogo, as brasas das paixões
E ardi em
amores não correspondidos,
Beijos
interrompidos, abraços inúteis
Porque com braços
de adeuses, byes.
O fogo das
traições, encolhendo-me
Em ódio
envergonhado, e das esperas,
Endurecendo-me
cada vez mais, tolo,
Certo de que
ausências temporárias,
O que se fez
para nunca mais, sempre.
Agora mentem
pra mim, em histórias
De difíceis vocabulários:
colesterol,
Hipertensão,
gordura em excesso,
Tabagismo,
stress... Até genética,
Em vãs e vis
tentativas de me iludir.
Nasci para o
amor, e se pulsei sempre,
Recusando-me
a intervalos e descanso,
Foi por
amor, sem tempo e vontade
De pausa para
o estar amando.
E agora,
calcinado, cinza sólida,
Morro aos
poucos, também por amor.
O amor
justificou-me a existência,
Justificará
a minha ausência.
Francisco
Costa
Rio,
27/08/2013.
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